Saúde da mulher na ortopedia: o corpo também pede cuidado!

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Por Michel Telles
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Saúde da mulher na ortopedia: o corpo também pede cuidado!

Foto: Div

Com o acúmulo de papéis que a mulher moderna desempenha — mãe, profissional, cuidadora, gestora do lar — não é raro que a própria saúde fique em segundo plano. No entanto, esse comportamento tem consequências que vão além do desgaste emocional. Segundo a médica ortopedista e traumatologista Dra. Ludmila Mendes (Clínica Álgos) é cada vez mais comum o aparecimento de patologias osteometabólicas em mulheres, principalmente após os 40 anos, agravadas por fatores como menopausa, sedentarismo e sobrecarga articular.

“É importante falar da saúde da mulher sob a perspectiva ortopédica porque muitas de nós enfrentamos dores crônicas que poderiam ser evitadas ou minimizadas com mais informação e cuidado. Vivemos uma rotina intensa, cuidando de tudo e de todos, e muitas vezes esquecemos de nós. O desgaste aparece não só no emocional, mas também nas articulações, com reflexos como artrose, tendinites, lombalgias, hérnias de disco e até fraturas decorrentes de osteoporose”, alerta a especialista.

A hérnia de disco, por exemplo, é uma condição comum entre mulheres que enfrentam sobrecarga física ou permanecem longos períodos em posturas inadequadas — seja no trabalho, em casa ou cuidando de outras pessoas. O disco torna-se herniado quando uma porção do disco intervertebral se rompe e gera compressão de estruturas nervosas, promovendo dor, formigamento ou até perda de força. “A hérnia de disco pode comprometer seriamente a qualidade de vida, mas, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível controlar os sintomas. Porém, em alguns casos, quando há falha do tratamento conservador e existe déficit neurológico, a tecnologia nos permite optar por técnicas minimamente invasivas, que oferecem menos impacto e mais benefícios ao paciente, como a realização de uma pequena incisão, menor risco e tempo cirúrgico, menos dor no pós-operatório, reabilitação precoce e redução dos índices de complicações”, explica a Dra. Ludmila.

A osteoporose, por sua vez, é uma condição silenciosa que atinge principalmente mulheres no período pós-menopausa, quando a queda nos níveis hormonais afeta diretamente a saúde óssea. A prática regular de atividade física, uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, e o acompanhamento médico periódico são medidas fundamentais para prevenir e tratar essa e outras doenças ortopédicas.

“Os distúrbios osteometabólicos são mais prevalentes em mulheres do que em homens. Mas a boa notícia é que, com prevenção e autocuidado, podemos evitar o agravamento desses quadros. É necessário quebrar o ciclo do sedentarismo, observar os sinais do corpo e buscar ajuda especializada”, reforça a Dra. Ludmila Mendes.

Ela lembra ainda que o autocuidado não é egoísmo, e sim uma forma de garantir qualidade de vida e longevidade. “Precisamos ressignificar a nossa relação com o corpo. Cuidar da saúde ortopédica é tão essencial quanto cuidar da saúde emocional ou cardiovascular. Nosso esqueleto nos sustenta — literalmente —, e merece atenção”, conclui.

O alerta é claro: saúde também é prioridade — especialmente para quem costuma colocar a própria vida em segundo plano.

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