Secretária de Educação de cidade baiana chama autismo, TDAH e dislexia de 'modismos'
Líder da pasta em Jacobina utilizou o termo ao ser questionada sobre inclusão de psicopedagogos em escolas
Foto: Reprodução
Emanuela Oliveira Cunha Silva, secretária de Educação de Jacobina, cidade localizada no norte da Bahia, definiu condições neurodiversas como “modismo”.
A declaração de Emanuela foi feita na última quinta-feira (9), em entrevista à Rádio Jacobina FM, ao ser questionada sobre a inclusão de psicopedagogos em escolas do município.
“A gente vive, infelizmente, de modismos. De tempos em tempos se enfatiza uma situação. Já foi a dislexia, TDAH, o autismo. A gente não precisa fazer esse recorde. A gente não precisa fazer esse recorte. A pasta não é educação especial, é educação inclusiva. A educação especial é um braço dessa pasta”, disse.
A Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) de Jacobina ainda não se manifestou sobre o caso. O Farol da Bahia tenta contato com a pasta.
O conceito de neurodiversidade diz que a mente pode funcionar de diversas maneiras. Pessoas consideradas neurodivergentes podem ter variações cognitivas como transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dislexia ou dispraxia.
De acordo com o programa Neurodiversidade no Trabalho, da Universidade Stanford, entre 15% e 20% da população mundial é considerada neurodiversa.
Veja vídeo do posicionamento da secretária: