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Secretaria de Saúde de Salvador investiga morte de paciente após relatos conflitantes sobre atendimento em UPA

Caso ocorreu no 16º Centro de Saúde Maria Conceição Imbassahy, no bairro de Pau Miúdo

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Secretaria de Saúde de Salvador investiga morte de paciente após relatos conflitantes sobre atendimento em UPA

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a morte da pastora Adinailda Santos, de 42 anos, ocorrida na terça-feira (11) no 16º Centro de Saúde Maria Conceição Imbassahy, no bairro de Pau Miúdo.

A família afirma que a pastora morreu após esperar cerca de três horas por atendimento na unidade, enquanto a SMS contesta essa versão e alega que o atendimento total durou uma hora e oito minutos.

Um vídeo gravado pelo marido da vítima, Sidnei Monteiro, mostra o casal implorando por socorro. Nas imagens, Sidnei tenta chamar uma assistente social e o médico plantonista da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Dois policiais militares também aparecem no local.

"Eu preciso de oxigênio. (...) Doutor, libera oxigênio aqui", pede a paciente no vídeo.

Os familiares relatam que Adinailda chegou à unidade por volta de 17h30 e aguardou atendimento por horas até desmaiar e ser socorrida. Segundo o marido, ela recebeu uma pulseira amarela — classificação que indica atendimento urgente, mas com possibilidade de espera. 

No entanto, a SMS afirma que a pulseira entregue foi a laranja, que exige atendimento ainda mais rápido devido à gravidade do caso.

Causa da morte

Inicialmente, o marido da pastora se recusou a assinar o termo de consentimento para a remoção do corpo e a realização da necropsia. Apenas na tarde de quarta-feira (12), os familiares autorizaram o procedimento e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para investigar a causa da morte.

Ainda não há informações sobre o sepultamento da religiosa. Ela deixa o marido e duas filhas, uma jovem de 22 anos e uma criança de 7.

Confira a cronologia dos fatos, conforme descrito pela SMS:

•17h23: imagens captaram o momento em que a pastora Dina chegou à UPA e foi colocada em uma cadeira de rodas por maqueiros.

•17h25: ela passou por triagem e, segundo a secretaria, recebeu uma pulseira laranja, o que indica prioridade no atendimento.

•17h29: Dina foi levada para a antessala do médico.

•17h30: o marido da pastora começou a gravar o vídeo compartilhado pela família.

•17h33: a mulher entrou na sala de estabilização.

•17h34: o médico começou o atendimento.

•17h36: uma enfermeira levou os kits de suporte para atendimento.

•18h31: foi constatado o óbito após Dina sofrer uma parada cardiorrespiratória.

A família refuta essas informações e ressalta que os horários não batem. Por isso, registrou o caso na 2ª Delegacia Territorial.

Cronologia dos fatos, segundo a família:

•12h – Dina buscou atendimento na UPA com falta de ar.

•16h – Após ser medicada, recebeu alta e uma prescrição para compra de medicamentos.

•17h – A caminho de casa, voltou a passar mal, com grande dificuldade para respirar.

•17h30 – A família a levou de volta à UPA de Pau Miúdo, onde, segundo os parentes, ela esperou três horas por oxigênio.

•20h30 – Familiares foram informados sobre o falecimento.

O que diz a polícia?

Em nota, a Polícia Civil informou que a morte foi registrada como "a esclarecer, sem indício de crime" na 2ª Delegacia Territorial da Liberdade. 

Laudos periciais deverão determinar a causa da morte. A polícia também informou que testemunhas serão ouvidas para ajudar no esclarecimento do caso.
 

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