Segundo a ONU, mulheres estudam mais no Brasil, mas têm renda inferior aos homens
As mulheres também têm melhor desempenho na longevidade
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O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou nesta segunda-feira (9) que apesar de estudarem meio ano a mais do que os homens, em média, as mulheres brasileiras ainda têm renda 41,5% menor que ele. Os dados são do Índice de Desenvolvimento de Gênero (IDG).
Com base nos números de 2018, a Renda Nacional Bruta (RNB) per capita da mulher equivale a US$ 0.432 contra US$ 17.827 do homem.
Análises
As desigualdades de gênero foram ainda analisadas em três dimensões pelo Pnud: saúde reprodutiva, empoderamento e atividade econômica. Onde, a saúde reprodutiva é medida pela mortalidade materna e pelas taxas de natalidade na adolescência; o empoderamento é medido pela parcela de assentos no parlamento ocupados por mulheres e pelo ensino médio e superior completos por cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no mercado de trabalho por mulheres e homens.
Cerca de 15% dos assentos no parlamento são ocupados por mulheres, e 61% das mulheres adultas atingiram pelo menos o nível secundário em educação (ensino médio) em comparação com 57,7% de seus colegas homens, no Brasil.
Além disso, foi constatado no estudo que a participação feminina no mercado de trabalho é de 54%, comparada a 74,4% dos homens. As mulheres também têm melhor desempenho na longevidade, com esperança de vida ao nascer de 79,4 anos ante 72 anos do público masculino.
O levantamento ainda aponta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – de saúde, educação e renda -, que coloca o Brasil na 79ª posição com 0,761. Ele e é medido anualmente e vai de 0 até 1, quanto maior, mas desenvolvido é o país.