Sem acordo, servidores do BC decidem manter paralisação
Categoria pede que seja acordado 27% de recomposição salarial
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A reunião do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, com os sindicatos que representam os servidores da autarquia encerrou nessa sexta-feira (03) sem acordo firmado.
O presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad explicou que as negociações não avançaram e a greve, em razão disso, deve seguir por tempo indeterminado. No acordo, os servidores pedem 27% de recomposição salarial.
"Na reunião de hoje entre o sindicato e o sr. Roberto Campos Neto, dia 3/6, às 18h30, não houve nenhum avanço. Nenhuma proposta de reajuste salarial foi feita. Logo, os servidores do BC continuarão com a greve por tempo indeterminado", afirmou.
Na reunião, também foi abordado temas como a reestruturação de carreira, a exigência do ensino superior para concursos do órgão e mudança do nome do cargo de analista para auditor, que também fazem parte das exigências dos servidores. Neste ponto de discussão, Campos Neto deve encaminhar ao Planalto os pedidos.
No início da reunião, o BC havia divulgado que o Boletim Focus, que há um mês está sem atualizações, será publicado parcialmente nesta segunda-feira (06). Faiad, no entanto, negou saber sobre essa questão.
"A greve tem adesão majoritária e vai continuar a afetar a divulgação da PTAX, a assinatura de processos de autorização no sistema financeiro, a realização de eventos e reuniões com o sistema financeiro e outras atividades. O Pix não vai ser interrompido", seguiu.
Iniciada no dia 1º de abril, a greve sofreu suspensão temporária entre 20 de abril e 2 de maio, mas segue retomada desde então.