Senado ainda fornece aos parlamentares verba para envio de telegramas, diz jornal
Um senador chegou a gastar R$ 4,9 mil no ano passado
Foto: Agência Senado
Apesar da evolução da tecnologia, o Senado Federal ainda fornece aos parlamentares verba para envio de telegramas, forma de comunicação que chegou ao Brasil há mais de 170 anos. No ano passado, oito senadores usaram o recurso. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) encerrou o mandato em janeiro e foi o campeão do envio de telegramas no último ano, com gasto de R$ 4,9 mil para, em geral, enviar felicitações a eleitores em datas comemorativas.
"A gente disparava quase que automaticamente os telegramas para os nossos amigos. As pessoas me ligavam agradecendo, muitos colocavam em porta-retratos, em quadros. De fato, é uma coisa quase que antiga, mas que fazia a diferença, porque já não tinha mais. Por esse aspecto, foi uma coisa importante", afirmou Gurgacz à reportagem.
Entre os atuais senadores, Jayme Campos (União Brasil-MT) é o que mais recorreu à verba desde janeiro de 2022, sempre em pequenos valores mensais, totalizando R$ 279. O jornal identificou os valores pagos aos senadores para gastos com telegramas a partir de consulta no portal de transparência do Senado.
Mais verbas
Além de verba para telegrama, Câmara e Senado destinam aos parlamentares cotas para diversos gastos que, somados aos salários, representam custo de mais de R$ 200 mil ao mês por congressista. No final do ano passado, Câmara e Senado promoveram uma ampliação de salários e verbas dos parlamentares. Foi aprovada, por exemplo, a elevação escalonada do salário, de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil agora, passando a R$ 41,7 mil em abril e chegando ao teto do funcionalismo (R$ 46,4 mil) em 2025.