Senador Magno Malta afirma que eleições presidenciais em 2022 foram fraudadas
Segundo Malta, se os EUA não interferissem nas eleições, Bolsonaro seria o atual presidente do Brasil
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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
BRASÍLIA - Durante um almoço com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com líderes da oposição, realizada nesta terça-feira (18), no Congresso Nacional, o senador Magno Malta (PL) afirmou que a última eleição presidencial, que elegeu Lula (PT) como presidente da República, foi fraudada. Segundo o senador, se não fosse a intervenção dos Estados Unidos, Bolsonaro seria o atual presidente do Brasil.
Magno Malta iniciou afirmando que as informações compartilhadas recentemente são só a "ponta do iceberg". "A ponta do iceberg apareceu, já está quase no meio do iceberg e a gente vê que esse povo estava sofrendo com toda razão do mundo. Eles (os EUA) já afirmaram que financiaram e que houve intervenção na eleição. Se não houvesse a intervenção desse departamento, que a USAid já revelou, Jair Bolsonaro era o presidente da República hoje", declarou.
O senador ainda disse que os EUA possuem interesse em interferir na política de outros países. "Há o interesse de criar esse departamento nos Estados Unidos para poder interferir em políticas e interferir em países estratégicos do interesse ideológico deles. Então, foi trabalhado toda essa questão envolvendo ONGs, envolvendo Youtubers, envolvendo o governo, envolvendo as próprias cortes do Brasil para que isso acontecesse", afirmou.
Para finalizar, criticou as medidas tomadas pela Justiça para prevenir crimes contra a democracia. "Esse habeas corpus preventivo que eles colocaram, habeas corpus preventivo é o seguinte: falou mal das urnas, vai preso, não pode falar mal da urna, que você vai preso. Quer dizer, qualquer outro pode falar, o Dino falou muitas vezes, o próprio Lupi, que é o autor da ação para deixar Jair Bolsonaro inelegível, falou contra as urnas e eu continuo falando", afirmou o senador.
Entenda a relação entre a USAid e o Brasil
A declaração de Malta faz referência a recente polêmica envolvendo a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAid). A agência é responsável por ações assistenciais dos EUA no exterior.
No último dia 4, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou que a USAid, durante o governo Biden, financiou "ONGs, veículos de mídia e movimentos políticos com o objetivo de moldar narrativas e interferir na democracia brasileira". A afirmação foi desmentida pelas organizações citadas.
Além disso, recentemente, o ex-secretário de Donald Trump, Michael Benz, afirmou, em uma rede social, que "se a USAid não existisse, Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil”.
O bilionário Elon Musk também comentou o caso, respondendo um comentário em sua rede social, X, que questionava "se o governo dos EUA financiasse a derrota de Bolsonaro por Lula, isso te incomodaria?". "Bem, o Estado profundo dos EUA de fato fez isso", respondeu.