Bolsonaro diz ter zero preocupação sobre denúncia e afirma ter votos para anistia ao 8/1
Bolsonaro foi ao Senado nesta terça para tenta manter a oposição unida diante do cerco do Judiciário

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (18) em visita ao Senado que está tranquilo diante da possibilidade de ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sob acusação de ter liderado uma trama golpista em 2022.
O ex-presidente disse ainda acreditar já ter votos na Câmara para aprovar a anistia aos responsáveis pelos ataques golpistas do 8 de janeiro de 2023.
"Não tenho nenhuma preocupação quanto às acusações, zero", disse a jornalistas após almoço com senadores aliados.
"Estou aguardando chegar [a denúncia]. Espero que agora eu possa ter acesso aos autos. Você já viu a minuta de golpe, por acaso? Não viu. Eu também não vi. Já viu a delação do [Mauro] Cid? Você não viu. Estou aguardando."
Bolsonaro foi ao Senado nesta terça para tenta manter a oposição unida diante do cerco do Judiciário. O ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal por tentativa de golpe e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicou que a denúncia contra ele está praticamente finalizada.
Bolsonaro foi ao Senado em outubro do ano passado para selar o apoio do PL ao então candidato a presidente, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Após a reunião, defendeu enfaticamente a anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e a ele próprio, que está inelegível.
Desta vez, disse acreditar já ter votos para aprovar o projeto de lei que anistia os envolvidos na Câmara dos Deputados.
O senador Marcos Rogério (PL-RO) diz que, desta vez, o ex-presidente foi convidado pela bancada para discutir as prioridades da oposição antes da volta aos trabalhos. Bolsonaro chegou ao Senado com o líder do grupo no Senado, Rogério Marinho (PL-RN).