Senadoras democratas criticam o uso da Lei Magnitsky contra Moraes e disparam: "Abuso de poder"
Em comunicado, as parlamentares Jeanne Shaheen e Elizabeth Warren afirmaram que a medida é "absurda"

Foto: Rosinei Coutinho/STF
Senadoras democratas dos Estados Unidos classificaram o uso da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como "abuso de poder". A declaração foi realizada em um comunicado emitido nesta quinta-feira (31).
No comunicado, assinado pelas senadoras Jeanne Shaheen, membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado, e Elizabeth Warren, integrante da Comissão de Bancos, Habitação e Assuntos Urbanos do Senado, as parlamentares criticam a decisão do governo de Donald Trump e chamam a medida de "absurda".
Na quarta-feira (30), Moraes foi sancionado com base na Lei Magnitsky e não poderá ter cartão de crédito nem conta bancária nos Estados Unidos. A medida, considerada como "pena de morte financeira", nunca havia sido aplicada contra uma autoridade brasileira.
"Isso não é apenas um abuso de uma ferramenta crucial da política externa dos EUA: é um ataque contra um ministro da Suprema Corte brasileira que atualmente supervisiona o julgamento de um ex-presidente acusado de planejar um golpe para minar os resultados de uma eleição democrática no Brasil", diz o comunicado.
Shaheen e Warren também criticam o tarifaço de Trump, que passa a valer a partir da próxima quarta-feira (6). Para as democratas, as taxas de 50% impostas pelo governo irão encarecer a carne bovina, o café e outros produtos essenciais para a população americana. "Como atacar um sistema judicial independente na quarta maior democracia do mundo torna os Estados Unidos mais seguros, fortes ou prósperos?", questionaram.
As senadoras finalizam acusando Trump de priorizar seus próprios interesses e os de seus aliados "em detrimento do povo americano".
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