Senadores recuam e CPI do MEC não atinge patamar mínimo de assinaturas
Com as desistências de Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Styvenson Valentim (Podemos-AC), número de subscrições cai para 25
Foto: Reprodução/Senado Federal
Os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Styvenson Valentim (Podemos-AC), que haviam assinado o ofício para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de corrupção contra Jair Bolsonaro no Ministério da Educação (MEC), voltaram atrás e retiraram as assinaturas. Agora, a oposição ao presidente tem 25 subscrições- duas a menos do que o necessário para instalar a CPI.
Em justificativa, Oriovisto alegou que “continua acreditando que existem fatos graves no MEC que precisam ser investigados. Porém, uma CPI tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral”. O parlamentar disse que a investigação deve ser conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal para "investigação imparcial”.
A ideia de instalação da CPI do MEC surgiu após denúncias de que pastores teriam influência na liberação de verbas a pedido do presidente Bolsonaro. Caso gerou a saída de Milton Ribeiro do comando do Ministério. Apesar das desistências, Randolfe Rodrigues, autor do requerimento, confia ser possível voltar ao patamar mínimo de 27 assinaturas.
Caso o número mínimo de assinaturas para encabeçar o pedido da CPI retorne, cabe ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, decidir se vai abrir a investigação. Pacheco disse que é “muito importante ter cautela em relação a instrumentos do Legislativo que possam soar com um viés eleitoral”.