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Servidor do MPF é investigado por suspeita de envolvimento com o tráfico de armas

Analista do órgão teria realizado depósitos que somam R$ 150 mil em contas ligadas às organizações criminosas

Por Da Redação
Ás

Servidor do MPF é investigado por suspeita de envolvimento com o tráfico de armas

Foto: Reprodução/JFBA

Um servidor do Ministério Público Federal (MPF) é investigado por suspeita de envolvimento em um esquema internacional de tráfico de armamentos para facções criminosas de São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda segundo as denúncias, o homem teria depositado R$ 150 mil em uma conta utilizada por uma dessas organizações.

Identificado como Wagner Vinicius de Oliveira Miranda, de 43 anos, o homem é servidor do MPF desde 2006 e, desde dezembro do ano passado, está afastado das suas atividades por decisão judicial, no âmbito da investigação da Polícia Federal (PF), sobre um esquema internacional de tráfico de armas para as facções PCC e CV.

De acordo com informações da Polícia Federal, o analista do MPF depositou, por duas vezes, dinheiro na conta suspeita: a primeira transferência, de R$ 100 mil, aconteceu no dia 20 de julho de 2022, e a segunda, no valor de R$ 50 mil, em 24 de outubro do mesmo ano. 

“Considerando as informações supramencionadas, fica o questionamento sobre o que justificaria Wagner remeter R$ 150 mil para a empresa de fachada Bravo Brasil — empresa essa que realizou transferências para contas utilizadas para receptação de pagamentos de valores referentes ao tráfico de armas e de drogas”, informa trecho do relatório da PF.

Negócios de fachada

Ainda durante as investigações, a PF descobriu que o servidor também aparece como sócio de uma empresa chamada Bravoshop Vendas Online. Segundo os investigadores, o negócio é de fachada e criado apenas para movimentar dinheiro do crime organizado.

Além da Bravoshop, também foi identificada a abertura de uma outra empresa chamada Bravo Brasil Iphones. Ambas foram abertas no mesmo dia, não possuem funcionários e também não funcionam nos endereços indicados. De acordo com a PF, as duas empresas têm um sócio como "laranja", que é trabalhador rural e analfabeto.

Desde o seu afastamento, ocorrido no final do ano passado, Wagner não é encontrado para eventuais esclarecimentos.

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