Servidora do MP e mais duas mulheres são indiciadas por racismo após xingarem nordestinos por resultado das eleições
A conclusão do inquérito foi encaminhado ao Judiciário
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Uma servidora do Ministério Público e mais duas mulheres foram indiciadas por racismo após xingarem, através de áudios em grupo de Whatsapp, nordestinos que moram em Cachoeira Alta, no sudeste de Goiás, e votaram no candidato Lula (PT), no 1º turno da eleição presidencial.
As falas das mulheres foram disseminadas após o resultado no domingo (2), que revelou que a cidade ficou praticamente dividida entre Jair Bolsonaro (PL), que teve 2.752 votos (47,24%), e Lula, que conquistou 2.718 votos (46,65%), uma diferença de 34 votos.
"Esses comedor [sic.] de calango tinham que voltar para lá. Se eles gostam de calango, volta para lá. Vem atrapalhar a gente. Tem que mandar explodir aquela bosta, aquela parte do nordeste lá. Povo vagabundo, quer ficar vivendo de bolsa família de R$ 60", diz uma das mulheres.
A conclusão do inquérito com os indiciamentos foi encaminhado ao Judiciário nesta sexta-feira (7). De acordo com o delegado Márcio Henrique Marques, uma das mulheres trabalha no Ministério Público, outra no Hospital Municipal de Catalão e a terceira em uma loja de materiais de construção. As identidades delas não foram reveladas.
Como informou o Ministério Público, a Corregedoria-Geral do órgão tomou conhecimento do caso e avalia a conduta da servidora.