Sete torcedores do Bahia são presos suspeitos de agredir rubro-negros; uma das vítimas teve orelha parcialmente arrancada
Crime aconteceu em agosto deste ano, nas imediações do Barradão, em Salvador; operação desta quinta (5) cumpre mandados de prisão, busca e apreensão
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Sete torcedores do Esporte Clube Bahia foram presos, na manhã desta quinta-feira (5), em Salvador, suspeitos de atacarem torcedores do Esporte Clube Vitória, em agosto deste ano. Uma das vítimas, Diego Bispo, de 27 anos, ficou 15 dias internada, teve parte de uma orelha arrancada e sofreu traumatismo craniano.
Outros mandados de prisão e busca e apreensão são cumpridos pela Polícia Civil. Não há detalhes da quantidade de alvos. O crime aconteceu depois da partida do Vitória contra o Cruzeiro, no dia 19 de agosto, no Estádio Manoel Barradas, o Barradão.
No dia do crime, pelo menos 27 torcedores do Bahia foram detidos, mas liberados após prestarem depoimentos, conforme a Polícia Militar. Com os suspeitos, foram apreendidos uma barra de ferro, dois bastões de madeira, um estilete, um pedaço de concreto e 20 celulares.
Ao todo, seis torcedores rubro-negros foram atendidos em unidades de saúde. Segundo a PM, as vítimas foram até uma equipe que fazia o patrulhamento do bairro e informaram que foram agredidos e roubados por integrantes da torcida organizada Bamor. Eles também contaram que Diego Bispo havia sido sequestrado pelo grupo.
Enquanto buscavam os suspeitos pelo bairro, os policiais foram abordados por um motociclista, que disse ter socorrido Diego para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro. Ele foi encaminhado para o hospital Geral do Estado (HGE) e recebeu alta hospitalar 15 dias depois.
À época, a Bamor informou que os 27 torcedores não fazem parte da torcida organizada. O Esporte Clube Vitória lamentou a violência e disse que a questão é de Segurança Pública. Já o Bahia não se pronunciou sobre o assunto.
Os presos desta quinta foram levados para a sede do Departamento de Polícia Metropolitana (DEPOM), onde serão interrogados. Posteriormente, serão encaminhados à custódia e permanecerão à disposição do Poder Judiciário.
O inquérito policial deverá ser concluído em 10 dias, com o indiciamento dos responsáveis pelos crimes.
A operação, chamada de “Clássico da Paz”, é coordenada pelo Departamento de Polícia Metropolitana (DEPOM) e pela Delegacia Territorial de Pau da Lima, e conta com a participação de 90 policiais, divididos em 22 equipes e 20 viaturas.