Setor bancário apresentou queda de 36% no número de assaltos a agências em 2021, aponta Febraban
As ocorrências de tentativas realizadas e ataques caíram de 58 para 37
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontou que o número de assaltos e tentativas de assaltos a agências bancárias, assim como os ataques a caixas eletrônicos, mantém a tendência de queda verificada nos últimos anos. Em 2021, o número de tentativas realizadas e assaltos foi 36,2% menor do que o registrado no ano anterior.
Já os ataques a caixas eletrônicos recuaram 38,7% na comparação entre os dois períodos, passando de 434 (2020) para 266 (2021). Para a pesquisa, foram ouvidas 17 instituições financeiras que respondem, juntas, por mais de 90% do mercado bancário.
O levantamento aponta que o volume total de crimes praticados contra agências e caixas eletrônicos caiu 38,4% em 2021, caindo de 492 ocorrências em 2020 para 303 casos, no último ano. Estes ataques incluem incidentes em agências bancárias durante o dia e de madrugada. Já os assaltos a bancos são os crimes realizados durante o expediente bancário, com as agências em pleno funcionamento.
Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), aponta que os números refletem os investimentos dos bancos em tecnologia, segurança física e capacitação de pessoal.
“O setor bancário está fortemente empenhado em ações tecnológicas e novos produtos que reduzem a necessidade do uso de dinheiro em espécie e em grandes quantias, o que tem sido fundamental para desestimular as ações criminosas, das quais os bancos também são vítimas”, explica.
Nos últimos anos, têm sido investido cerca de R$ 9 bilhões ao ano no aprimoramento da segurança bancária, o triplo do que era gasto há dez anos. Além disso, somas expressivas de recursos em tecnologia também são investidas, visando a realização de operações de forma rápida e segura por meio dos canais digitais, reduzindo a necessidade de recurso dentro das agências bancárias ou no manuseio de dinheiro em espécie.
No ano 2000, 1.903 ocorrências foram registradas no país, o que equivale a um recuo de 98% em 21 anos. Os ataques a caixas eletrônicos também registram queda desde 2014, quando atingiu o pico: passaram de 3.584 ocorrências naquele ano, para 266 em 2021, um recuo de 92,5% em 7 anos.