Setor industrial na Bahia registra aumento nas unidades locais, empregos, valor e produtividade
Apesar dos pontos positivos, o estado teve uma leve perda na participação no valor da indústria do Nordeste
Foto: José Paulo Lacerda/CNI
O tamanho do setor industrial cresceu na Bahia pelo segundo ano consecutivo, de 2020 para 2021, com aumento no número de unidades locais. Além disso, o total de pessoas ocupadas também voltou a crescer após duas quedas seguidas. As informações são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) e foram divulgadas nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No período, houve uma alta nominal (sem considerar o fator preços) no valor gerado pela indústria no estado. O que levou um avanço também na produtividade industrial, que atingiu recordes em 15 anos, desde o início da série histórica da PIA, em 2007.
De acordo com o levantamento, em 2021, haviam 5.901 unidades locais de empresas industriais com cinco ou mais pessoas ocupadas na Bahia, o número é 6,2% maior do que em 2020 (5.557). Ou seja, houve um saldo de mais 344 unidades em funcionamento, em um ano.
No mesmo ano, a Bahia respondia por 3,1% das 191,035 unidades locais de empresas industriais com cinco ou mais pessoas ocupadas em atividade em todo o Brasil.
As unidades fabris em atividades na Bahia, em 2021, empregavam 233.873 pessoas, um contingente 8,4% maior do que o existente em 2020. Esse foi o primeiro crescimento no emprego industrial no estado após duas quedas consecutivas.
Com o aumento no número de empresas no período, o valor da transformação industrial (VTI) teve o seu segundo crescimento nominal consecutivo na Bahia. A indústria baiana gerou um VTI de R$ 75,679 bilhões, em 2021, 33,1% maior do que no ano anterior, que foi R$ 18,834 milhões.
Produtividade do trabalho na indústria baiana
Houve um forte aumento no valor gerado pela indústria baiana em 2021, o que levou a um recorde na produtividade, que chegou a R$ 323.592. Houve ainda um aumento nominal de 22,8% frente a 2020 e o estado apresentou o segundo crescimento seguido nesse indicador.
A Bahia se manteve na sétima posição no ranking nacional de produtividade industrial, em 2021. Pará, Rio de Janeiro e Espírito Santo lideraram.
Apesar dos pontos positivos, a Bahia teve uma leve perda na participação no valor da indústria do Nordeste. . No período, a participação baiana no VTI da região passou de 39,8% para 39,6%. As unidades locais industriais do Nordeste geraram, em 2021, R$ 191,2 bilhões.
Frente a 2012, quando concentrava 42,6% do valor gerado pelas unidades locais industriais do Nordeste, a Bahia teve uma perda de participação de 3,0 pontos percentuais, a maior entre os estados da região.
Nesse período, os estados que ganharam participação no valor gerado pela indústria do Nordeste foram Maranhão (de 4,8% para 7,4%), Ceará (de 12,8% para 14,7%), Pernambuco (de 18,4% para 19,8%), Rio Grande do Norte (de 7,3% para 7,7%) e Piauí (de 1,5% para 1,7%).
