Sexta-feira Santa: Entenda como surgiu o feriado e os diferentes significados da data
Judeus e cristãos têm concepções diferentes do período
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Tradicionalmente entende-se que a Sexta-feira Santa é dia de comer peixe. No entanto, muitas pessoas aderem a esse costume sem entender qual o real significado por trás da tradição. Ainda que haja uma ligação entre a Sexta-feira Santa e o domingo de Páscoa, a data tem significados diferentes para judeus e para cristãos.
Os seguidores de Jesus acreditam que a Sexta-feira Santa é o dia em que o Filho de Deus foi crucificado, e o domingo de Páscoa celebra a sua ressurreição. Já os judeus comemoram apenas a páscoa, relembrando a libertação do povo judaico da escravidão no Egito.
A Sexta-feira Santa está dentro da Semana Santa, que é quando os católicos comemoram a última semana de Cristo. As comemorações começam no Domingo de Ramos, que é o domingo que antecede o da páscoa e marca a entrada de Jesus em Jerusalém.
Na sequência vem a quinta-feira, que é relembrada a Última Ceia de Jesus, a sexta-feira quando houve a crucificação e o domingo com a ressurreição. Esse intervalo entre as datas é o momento em que os católicos se preparam para ficar dois dias sem comer carne: a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa.
A abstinência de carne surgiu a partir do momento em que o catolicismo se tornou uma religião oficial no Império Romano, e era comum que os cristãos se batizassem na Páscoa, realizando uma espécie de preparação nos dias anteriores ficando em jejum.
A tradição vem acompanhada da fé, quando a privação da carne está aliada a uma reflexão sobre a vida, e não somente para restringir o cardápio. A igreja orienta também que neste período, as pessoas coloquem em prática a caridade, a devoção, e um pouco mais de silêncio para conter a euforia.
