Silvio Almeida diz que governo luta para que assassinato de Marielle 'não fique impune'
Ministro participou da 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU
Foto: Agência Brasil
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, disse nesta segunda-feira (27), em discurso na 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, que o governo brasileiro lutará para que a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL) "não fique impune".
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram executados em março de 2018. Passados quase 5 anos do crime, os mandantes e as motivações não foram identificados. “Lutaremos para que o brutal assassinato de uma promissora política brasileira, mulher negra e corajosa defensora dos direitos humanos não fique impune”, disse o ministro.
Na semana passada, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou a abertura de um inquérito da Polícia Federal para "ampliar a colaboração federal" nas investigações do caso.
Yanomami
Silvio também aproveitou a ocasião para falar sobre a crise sanitária atravessada pelos Yanomami e disse que não medirá esforços para "restaurar" a dignidade dos indígenas no Brasil.
Atualmente, o povo Yanomami sofre com desnutrição e a proliferação de casos de malária. O avanço do garimpo ilegal em Roraima é uma das causas do problema sanitário. Ainda durante o discurso, o ministro afirmou que o governo trabalha para garantir o domínio dos indígenas sobre suas terras. “E aqui preciso mencionar de forma particular a crise nos territórios indígenas Yanomamis. Não temos medido esforços para restaurar a dignidade dessas populações e garantir-lhes o efetivo domínio sobre suas terras”, destacou Silvio.