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Eleições

Simone Tebet registra ação no TSE contra propagandas de Lula e Bolsonaro com imagem de santa católica

Candidatos à Presidência usam declarações de Madre Teresa de Calcutá para fins diferentes

Por Da Redação
Ás

Simone Tebet registra ação no TSE contra propagandas de Lula e Bolsonaro com imagem de santa católica

Foto: Divulgação/MDB

A candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando que as inserções das campanhas dos oponentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) que utilizam as imagens da Santa Madre Teresa de Calcutá fossem suspensas de emissoras católicas. 

De acordo com os advogados, as declarações da religiosa, beatificada pelo papa João Paulo II, são empregadas para “transmitir discurso de ódio”. Conforme a representação, a campanha de Bolsonaro exibiu, entre 9 e 11 de setembro, uma propaganda de 30 segundos na qual um narrador diz que “Madre Teresa de Calcutá nos ensinou sobre o aborto”.

Na sequência, é traduzida uma fala da santa na qual ela diz: “E se uma mãe pode assassinar seu próprio filho em seu próprio ventre, o que falta a nós para matarmos uns aos outros?”

Uma semana depois, no dia 18, as mesmas emissoras exibiram a campanha de Lula, em que um narrador fala que “Madre Teresa de Calcutá nos ensinou sobre o amor de Jesus”.

As declarações pregadas pela religiosa são intercaladas por frases de Bolsonaro. “Só tem uma utilidade o pobre em nosso país aqui: votar. Título de Eleitor na mão e com diploma de burro no bolso”, diz trecho do vídeo do então deputado federal.

“A intenção de fazer uso de símbolos religiosos para, em última análise, gerar a repulsa e o não voto no adversário fica ainda mais clara quando se observa que as inserções apenas foram divulgadas em emissoras com temática cristã e em horários que, em geral, o público está professando sua fé”, afirmam os advogados Guilherme Santino, Gustavo Kanffer e Renato Oliveira Ramos.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não se posicionou sobre o uso de símbolos católicos nas campanhas eleitorais. 

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