Sobe para 21 o número de vítimas suspeitas de intoxicação por cerveja
Polícia solicitou à Justiça a exumação do corpo da mulher que teria sido a primeira vítima
Foto: Reprodução
A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou na segunda-feira (20) que já foram registrados 21 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol - 19 homens e duas mulheres. Segundo a secretaria, quatro casos tiveram a intoxicação confirmada e 17 estão sendo investigadas.
Até o momento, quatro pessoas morreram, e três dessas mortes estão entre os 17 casos que estão sendo investigados. A ingestão de dietilenoglicol pode provocar a síndrome nefroneural e levar a insuficiência renal aguda e alterações neurológicas, como paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, entre outros sintomas.
A substância do dietilenoglicol estava presente em cervejas produzidas pela cervejaria mineira Backer e consumidas por essas pessoas. O dietilenoglicol é usado no processo de resfriamento, mas a cervejaria afirma que não usa o componente durante as produções.
O delegado da Polícia Civil Flávio Grossi, que preside o inquérito, encaminhou à Justiça, o pedido para a exumação do corpo da mulher que teria sido a primeira vítima da intoxicação. Ela morreu em 28 de dezembro, antes da detecção da substância nas cervejas.
A polícia voltou à fábrica da Backer, em Belo Horizonte, para tirar dúvidas sobre o processo de produção da cerveja. Os agentes levaram mais amostras para análise. “Insta ressaltar que a empresa cooperou com os trabalhos, como tem sido desde o início das investigações”, diz nota divulgada pela polícia.