Sobrevida às empresas e ao mundo

Confira o nosso editorial desta quarta-feira (25)

Por Erick Tedesco
Ás

Sobrevida às empresas e ao mundo

Foto: Reprodução

A pandemia da Covid-19 (novo coronavírus) impregnou a humanidade de incertezas. A cura, sem uma vacina ainda em fases de testes e que podem demorar de 12 a 18 meses, é incerta. A infeção, apesar das medidas de prevenção que exigem principalmente higiene das mãos e rosto, além da reclusão social, por mais cuidados que se tenha, é impossível garantir que a pessoa estará totalmente blindada contra a doença. 

E nesta conjuntura, as incertezas também pairam no diz que diz respeito à manutenção do emprego ou da sobrevivência da empresa; pode, ainda, trazer questionamentos impróprios que desestabilizam a saúde mental. 

É urgente que se encontre uma alternativa plausível e saudável para a continuidade da vida em sociedade e isto, claro, dentro da dinâmica funcional contemporânea, deve culminar na preservação das empresas e empregos, especialmente as médias e pequenas empresas, que prestam serviços públicos, notadamente, os de caráter essencial e as que absorvem grande mão de obra , tendo por foco a manutenção integral dos empregos. 

Oferecer subsídios à sobrevivência das empresas neste momento único do mundo, diante da disseminação de uma doença silenciosa e incerta, significa fortalecer, também, a saúde física e mental dos cidadãos empregados que hoje estão assombrados tanto com os riscos a sua saúde como com o risco de desemprego. 

É, sem dúvida, garantir que as pessoas possam continuar dentro deste processo da vida com dignidade. Seria hipocrisia dizer que o emprego, hoje, não é algo de extrema importância à rotatividade de tudo. 

Trata-se de uma situação excepcional que extrapola o âmbito da prevenção e cura do mal trazido pelo vírus. Seria terrível que bancos interrompam o fluxo de recursos via crédito para as empresas, suspendendo contas, garantias ou contingenciando a concessão de novos créditos. Não se pode deixar, por exemplo, que cheguemos ao ponto de governos, de todos os níveis, retenham o pagamento de empresas que forneceram bens e serviços. 

São presságios que escancaram a necessidade da virada do jogo. Governantes e sociedade (civil e organizada) precisam cessar catástrofes financeiras, ainda que no início do declínio. A cobrança também deve vir forte para que o Judiciário seja mais enérgico e acelere a liberação de recursos depositados em seu poder para atender pagamentos diversos derivados de decisões irrecorríveis.

Nesse contexto sombrio, os governos, em todas as suas esferas, podem dar uma contribuição exemplar, seja mediante o incremento creditício pelos agentes financeiros (inclusive as privadas) e estruturas outras sob a sua coordenação e fiscalização, seja pelo pagamento das obrigações vencidas, corretamente apuradas, fortalecendo os instrumentos de geração de emprego e renda que, nesse momento, como distribuidores de riqueza se esforçam por manterem a sua função social.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário

Nome é obrigatório
E-mail é obrigatório
E-mail inválido
Comentário é obrigatório
É necessário confirmar que leu e aceita os nossos Termos de Política e Privacidade para continuar.
Comentário enviado com sucesso!
Erro ao enviar comentário. Tente novamente mais tarde.