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Sócio da BiogeoEnergy diz que o Consórcio Nordeste sabia que os respiradores seriam fabricados no Brasil

Ele também revelou que Bruno Dauster recebeu dinheiro ilícito com a contratação da HempCare

Por Da Redação
Ás

Sócio da BiogeoEnergy diz que o Consórcio Nordeste sabia que os respiradores seriam fabricados no Brasil

Foto: Reprodução | Tv Bahia

Em depoimento à Polícia Civil do estado (PC-BA), o sócio da BiogeoEnergy, Paulo de Tarso, afirmou que os representantes do Consórcio Nordeste sabiam que os respiradores solicitados para a empresa seriam produzidos no Brasil e que chegou a conversar pessoalmente com os representes do Consórcio sobre a produção dos aparelhos. O documento do depoimento foi exibido nesta sexta-feira (12), pela Tv Bahia.

Paulo de Tarso, que chegou a ser preso após ser acusado de fraude na venda dos respiradores, admitiu que a empresa havia entrado no ramo das vendas de respiradores há cerca de 45 dias e que ao entrar em contato com a HempCare, empresa mediadora do contrato, ainda não fazia a produção dos equipamentos em larga escala.

Tarso também afirmou que os aparelhos estavam em processo de supervisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo sob essas condições, o empresário disse que fechou contrato com a empresa para fazer a entrega de 380 respiradores para a Bahia por um valor equivalente a R$ 19 milhões. 

Ainda em depoimento, Paulo de Tarso disse que foi procurado por Cléber Isaac, apontado como um agente do Governo da Bahia. Tarso também afirmou que Isaac entrou no ramo através de agentes políticos, como o vice-governador João Leão, Bruno Dauster e Carlos Eduardo Gabas.

O empresário também revelou que João Leão chegou a sugerir uma parceria entre a BiogeoEnergy e o Governo da Bahia para o aprimoramento dos respiradores, que não foram aceitos pelo Governo, e que foram adicionados mais R$ 5 milhões ao contrato da empresa com a HempCare, que fechou com o total de R$ 24 milhões.

Além disso, Cléber Isaac também teria sugerido que o Consórcio adquirisse mais 1.500 equipamentos da BiogeoEnergy pelo valor de R$ 75 mil por equipamento enquanto a HempCare negociaria com o Consórcio o valor de R$ 140 mil, a unidade. De acordo com o empresário, ele não aceitou a negociação e relatou o caso para o ex-secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, que, segundo ele, recebeu dinheiro ilícito da contratação com a Hempcare. 

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