Sono ruim pode colaborar na formação de placas perigosas no corpo, aponta estudo
Dormir pouco ou acordar com frequência aumenta o risco de placas nas artérias
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Um estudo desenvolvido no Centro de Pesquisa em Nutrição Humana Jean Mayer, na Universidade de Tufts apontou que dormir menos de seis horas por noite ou acordar com frequência aumenta o risco de desenvolver placas prejudiciais nas artérias de todo o corpo.
Segundo os pesquisadores, o sono ruim está frequentemente associado à doença cardíaca coronária, mas “este é o primeiro estudo a mostrar que o sono medido objetivamente está independentemente associado à aterosclerose em todo o corpo”, de acordo com José Ordovás, diretor de nutrição e genômica do local.
O estudo foi originalmente publicado na revista do Colégio Americano de Cardiologia. A pesquisa aponta que o aumento da placa, chamada aterosclerose, nas extremidades das artérias aumenta o risco de derrames, problemas digestivos, além da má circulação que causa dormência e dor nas extremidades e doenças cardíacas.
Para o estudo, foram analisados cerca de quatro mil homens e mulheres, com idade média de 46 anos e sem histórico de doenças cardíacas. No processo, os participantes tiveram que usar um actígrafo, pequeno aparelho que mede a duração e a qualidade do sono, por sete noites.
Excluindo os fatores de risco tradicionais para doenças cardíacas, os pesquisadores descobriram que os indivíduos que dormiam menos de seis horas estavam 27% mais propensos a ter aterosclerose em todo o corpo do que aqueles que dormiam de sete a oito horas. Já os participantes com sono fraturado eram 34% mais propensos a ter acúmulo de placa do que os que dormiam bem.
“Esses resultados destacam a importância de hábitos saudáveis de sono para a prevenção de doenças cardiovasculares”, apontaram os autores.