SP: Ministério Público recomenda prisão preventiva do PM que executou um jovem negro em frente a um mercado
Promotoria justificou o pedido alegando que a liberdade do acusado pode implicar nos processos de coleta de depoimentos e provas
Foto: Reprodução
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) recomendou à Justiça que seja realizada a prisão preventiva do policial militar Vinicius de Lima Britto, que executou um jovem negro pelas costas em frente a um mercado na Zona Sul de São Paulo, no dia 3 de novembro.
A Promotoria argumentou que a existência e autoria do crime estão provadas e detalhou que a liberdade do acusado "põe em risco a ordem pública e prejudicará a instrução processual", por conta das testemunhas ficarem com medo de colaborarem com relatos.
Ainda segundo a Promotoria, o PM "praticou homicídio qualificado", por ter atirado contra a vítima que estava de costas e desarmada, provando a incapacidade de defesa. Foi analisado o motivo do crime fútil, pois Vinicius reagiu de forma desproporcional a ação do jovem, que furtou produtos de limpeza, além do militar ter colocado a vida de outras pessoas em risco, ao realizar os disparos na rua.
O MP também ofereceu denúncia contra o policial. Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, Vinicius se tornará réu e responderá ao processo.
