Decisão inédita de Cármen Lúcia busca garantir presença feminina no TSE
Das duas listas tríplices que serão enviadas ao presidente Lula (PT) com indicações ao TSE, uma é composta somente por mulheres

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou nesta quarta-feira (28) duas listas tríplices de candidatos para as vagas de ministros substitutos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em uma iniciativa inédita, a presidente da Corte Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, determinou a formação de listas separadas por gênero, uma com nomes femininos e outra com masculinos, com o objetivo de assegurar a presença de mulheres na composição do TSE durante as eleições gerais de 2026.
As advogadas Cristina Maria Gama Neves da Silva, Estela Aranha e Vera Lúcia Araújo compõem a lista feminina. Já entre os homens foram indicados Floriano de Azevedo Marques Neto, André Ramos Tavares e José Levi. Os dois primeiros encerram seus mandatos como ministros substitutos e, por isso, voltam à disputa com possibilidade de recondução.
A decisão de dividir as listas foi tomada para evitar que o TSE chegue ao próximo pleito com todos os sete cargos ocupados por homens. “Se não tivéssemos a oportunidade de ter uma lista de homens e uma lista de mulheres para o próximo ano, quando haverá o pleito eleitoral geral, nós teríamos o Tribunal Superior Eleitoral com sete cargos de juízes homens”, afirmou Cármen Lúcia durante a sessão.
As listas seguem agora para a Presidência da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá escolher um nome de cada lista para nomear os novos ministros substitutos da Corte Eleitoral.