• Home/
  • Notícias/
  • Política/
  • STF decide que Bolsonaro não precisa indicar primeiro nome da lista tríplice para reitorias de federais

STF decide que Bolsonaro não precisa indicar primeiro nome da lista tríplice para reitorias de federais

Julgamento aconteceu no plenário virtual

Por Da Redação
Ás

STF decide que Bolsonaro não precisa indicar primeiro nome da lista tríplice para reitorias de federais

Foto: Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na última sexta-feira (5), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não precisa indicar primeiro nome da lista tríplice para reitorias das universidades federais. Contudo, a maioria decidiu que o presidente deve seguir a lista. Em 2020, o ministro do STF, Edson Fachin, proferiu liminar atendendo parcialmente a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que questiona diversas nomeações feitas pelo Planalto que ignoraram o primeiro colocado das listas das instituições. O julgamento foi realizado no plenário virtual. 

Na ocasião, Fachin determinou que o governo deveria seguir dois requisitos: respeitar os procedimentos de escolha e composição das listas tríplices elaboradas pelas universidades e se ater aos nomes indicados que “necessariamente receberam votos dos respectivos colegiados máximos'' das instituições. Contudo, ele rejeitou o pedido da OAB para obrigar Bolsonaro a escolher o nome mais votado da lista. Já o ministro Alexandre de Moraes abriu a divergência de Fachin em um ponto técnico. Segundo ele, a liminar proferida pelo ministro reproduzia requisitos que já são previstos pela Lei 9.192/1995.

O texto define que o presidente da República deve escolher o reitor e vice-reitor entre os nomes da lista tríplice elaborada pelo “respectivo colegiado máximo” da instituição. Moraes afirmou em seu voto que a lei prevê que o presidente deve seguir a lista tríplice, mas que não é obrigado a escolher, necessariamente, o nome mais votado. O entendimento foi seguido pelos ministros Kássio Nunes Marques, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Os ministros Marco Aurélio Mello e Cármen Lúcia acompanharam Fachin e estão na ala derrotada do julgamento.

Desde o início da gestão Bolsonaro, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) contabilizou ao menos 14 indicações que ignoraram o primeiro colocado das listas tríplices, compostas por três nomes mais votados pelos seus pares para a reitoria das universidades. O STF começou a discutir o tema em novembro a partir de uma ação movida pelo Partido Verde, que acusa o governo Bolsonaro de promover uma “intervenção branca” nas universidades federais ao descumprir a ordem da lista tríplice das instituições, nomeando candidatos que não tiveram o apoio nas votações internas da categoria.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário