STF deve investigar ida de Carlos Bolsonaro à Rússia com a comitiva presidencial
Ação segue pedido do senador Randolfe Rodrigues
Foto: Alan Santos/PR
Após um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o inquérito dos atos contra a democracia pode investigar a presença do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do assessor Tercio Arnaud na comitiva da viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia. A ação visa identificar se a presença deles teve alguma relação com a estratégia de uso indevido das redes sociais nas eleições deste ano. A informação é do blog de Valdo Cruz, do portal G1.
Carlos Bolsonaro já é alvo de investigação no STF por conta de suspeitas de sua atuação no comando do chamado gabinete do ódio, um grupo de assessores de Bolsonaro que atuam nas redes sociais. A petição de Randolfe foi encaminhada ao relator do inquérito dos atos antidemocráticos, ministro Alexandre de Moraes, e pede, por exemplo que “sejam apuradas as circunstâncias da viagem da comitiva presidencial à Rússia, em especial dos integrantes do conhecido 'gabinete do ódio', e seus reflexos sobre a integridade das eleições de 2022”.
Além disso, o documento enumera quatro pedidos específicos a serem encaminhados diretamente à Presidência da República:
-relação nominal dos integrantes da comitiva presidencial;
-agenda individualizada de cada um dos integrantes da comitiva presidencial, com a exposição sumária dos temas tratados e das contrapartes envolvidas;
-resultados individualizados e concretos das agendas dos integrantes da comitiva presidencial, inclusive e sobretudo daqueles integrantes do já conhecido “gabinete do ódio”, como o vereador Carlos Bolsonaro e o assessor Tércio Arnaud; e
-tomada do depoimento do vereador Carlos Bolsonaro e do assessor Tércio Arnaud.