STF investigará possível coordenação militar no de 8 de Janeiro
Moraes aponta indícios de coordenação militar e incitação ao golpe durante os eventos de 8 de janeiro
Foto: Roberto Jayme/TSE
No centro das investigações sobre os eventos de 8 de janeiro, o STF, por meio do relator Alexandre de Moraes, levanta a possibilidade de coordenação militar nos atentados. O ministro destaca indícios de envolvimento de militares treinados por Forças Especiais, tanto no Exército quanto em polícias militares, indicando uma possível falha nos órgãos de inteligência. As informações são da Folha de S.Paulo.
Alexandre de Moraes ressalta que a Polícia Federal está investigando cerca de 200 pessoas vestidas de preto, procedimento típico de Forças Especiais, reforçando a suspeita de uma ação coordenada. Além disso, há evidências de incitação ao golpe militar, com discursos que sugeriam a ocupação de palácios, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.
O ministro Gilmar Mendes, figura influente no STF, amplia a discussão ao mencionar possíveis responsabilidades de autoridades militares no incentivo aos atentados. O general Braga Netto é citado, recordando seu apelo à fé em manifestação após a definição das eleições.
Ambos os ministros apontam para a conivência e incentivo de integrantes das Forças Armadas em relação aos acampamentos em frente a quartéis. Gilmar Mendes destaca que a não desmobilização imediata dos acampamentos pode ter sido influenciada pela presença de militares.
Apesar disso, os ministros ressaltam que as instituições, como o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral, foram fundamentais para preservar a democracia diante das ameaças de golpe. As investigações continuarão esclarecendo os acontecimentos e eventuais responsabilidades.