STF mantém prisão de militar suspeito de planejar atentado contra Lula, Alckmin e Moraes
Rafael Martins de Oliveira foi preso preventivamente em novembro de 2024; entenda
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Foto: Divulgação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou, na terça-feira (4), um pedido da defesa do tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira e manteve a prisão. O militar é suspeito de envolvimento em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.
Os advogados solicitaram a substituição da prisão por medidas cautelares, argumentando que a detenção é uma "medida excepcional" e que não se justifica no caso do militar.
No entanto, Moraes afirmou que a defesa não apresentou "qualquer fato superveniente que pudesse afastar a necessidade de manutenção da custódia cautelar, ante a necessidade de resguardar a ordem pública e a instrução processual penal".
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Rafael Martins de Oliveira foi preso preventivamente em novembro de 2024, na Operação Contragolpe da Polícia Federal.
Ele, outros três militares das Forças Especiais e um policial federal são apontados como responsáveis pela elaboração do chamado plano "Punha Verde-Amarelo". Segundo a Polícia Federal (PF), a estratégia teria sido discutida em 2022 na casa do general Braga Netto, preso desde dezembro de 2024.
A investigação indica que o grupo pretendia impedir a posse do presidente eleito e instaurar um gabinete de crise para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder, com o apoio de generais.
Além de Rafael, seguem presos preventivamente por envolvimento no plano: o general de brigada da reserva Mário Fernandes, tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo e policial federal Wladimir Matos Soares.