STF não quer criar limites para tese que ameaça a Lava-Jato
A modulação proposta por Dias Toffoli dificilmente será aceita
Foto: Evaristo Sá/AFP
Os integrantes do Supremo estão divididos sobre como eventual regra para alegações finais atingiria outras ações da Operação Lava Jato. O Ministro Dias Toffoli não deu seu voto e argumentou que na próxima quarta, dia 2 de outubro, gostaria que o plenário se reunisse, completo, para falar sobre as "modulações".
Especula-se que a proposta de Toffoli será para fixar parâmetros e aplicar uma sentença, como da decisão que anulou a condenação de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras.
A criação destas regras certamente encontrará obstáculos no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), pois é público que nem todos os ministros estão dispostos a aprovar uma alternativa para tentar preservar a Operação Lava Jato, como deixou claro o Ministro Gilmar Mendes, que chegou a se alterar alegando que a corte do STF deveria "Honrar as calças".
Mendes foi criticado pela frase machista esquecendo que as ministras, Rosa Weber e Carmen Lúcia são mulheres.
Para que a modulação seja aceita será necessário que 8 dos 11 ministros do STF votem a favor.