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STF retoma julgamento sobre limites para quebra de sigilo de históricos de busca na internet

Google enfrenta impasse no Brasil diante de sua onipresença na internet

Por Da Redação
Ás

STF retoma julgamento sobre limites para quebra de sigilo de históricos de busca na internet

Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O STF (Supremo Tribunal Federal) deve retomar nesta quarta-feira (22) o julgamento de um recurso da Google Brasil Internet Ltda. e da Google INC em que se discute se o juiz, em investigação criminal, pode decretar a quebra de sigilo de históricos de busca na internet de um conjunto não identificado de pessoas sem definir os investigados. 

O recurso foi interposto contra decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça),  manteve a quebra de dados de pessoas que fizeram pesquisas sobre a vereadora Marielle Franco e sua agenda, às vésperas do assassinato dela e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

O impasse enfrentado no Brasil também nasce da onipresença da empresa na internet. Para investigar as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, o MP-RJ pediu ao Google para quebrar o sigilo de todas as pessoas que fizeram pesquisas sobre a vereadora carioca nos quatro dias anteriores à morte dela. Para o Google, informar as buscas por termos como "Marielle Franco", "vereadora Marielle", "agenda vereadora Marielle", "Casa das Pretas", "Rua dos Inválidos, 122" ou "Rua dos Inválidos" é expor endereços de IP de pessoas sem qualquer relação com o crime.

O STF avalia se há amparo constitucional para a prática. Até agora, a tese do Google está atrás no placar: 2 x 1, com voto favorável de Rosa Weber e contrários de Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. 

O julgamento será retomado com André Mendonça, que pediu vista. 

Caso validada, a prática de requerer quebras de sigilo tão amplas preocupa até críticos das Big Tech. Eles temem a criação de um Estado policial de vigilância, onde pode ter a intimidade violada até indivíduos que não estejam sob investigação.

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