STJ apura se celular apreendido tem provas de venda de sentenças judiciais no RJ
Aparelho foi apreendido em uma operação contra uma milícia em Itaboraí
Foto: Reprodução
Troca de mensagens encontradas em um telefone celular apreendido, em junho, numa operação da Polícia Civil e do Ministério Público contra uma milícia que age em Itaboraí, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estão sendo apuradas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os investigadores suspeitam que as mensagens de texto revelam um esquema de negociações de venda de sentenças que teriam a participação de Luís Eduardo Soares, ex-motorista do desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RJ, conforme as informações do G1 Rio de Janeiro.
E de acordo com a polícia, as conversas foram extraídas do telefone de Mayson Santana, suspeito de integrar uma quadrilha que extorquia dinheiro de moradores de Itaboraí. Ele conversa com um advogado, identificado apenas como "Dr. Leonardo". A suspeita é de que o advogado faz uma tentativa de negociação de um habeas corpus de seu cliente, que está preso.
Na terça-feira (24), a Polícia Federal fez buscas na casa e no gabinete do desembargador Siro Darlan. Os agentes também estiveram em dois apartamentos de Luís Eduardo Soares, no Leblon, Zona Sul do Rio. Em um deles foi apreendida uma planilha com números de processos e telefones de pessoas investigadas.