STJ determina afastamento de Witzel do cargo de governador do Rio por suspeitas de irregularidades na saúde

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta sexta-feira (28), o afastamento de maneira imediata do governador Wilson Witzel (PSC) do cargo em decorrência de irregularidades na área da saúde. 

O Tribunal também expediu alguns mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do partido, e Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico.

Agentes da Polícia Federal (PF) deixaram a Superintendência, localizada na Praça Mauá, no fim da madrugada, para cumprir esses e outros mandados no dia.

Também foram expedidos mandados de busca e apreensão contra a primeira-dama, Helena Witzel, o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), Palácio Guanabara, sede do governo carioca e para o desembargador Marcos Pinto da Cruz.

Carros da Polícia Federal chegaram ao Palácio Laranjeiras, casa oficial do governo do Rio de Janeiro para notificar Witzel do afastamento do cargo.

Motivo do afastamento de Witzel

A ordem para o afastamento e também os mandados de prisão foram por causa das investigações da Operação Favorito e a Operação Placebo, as duas realizadas em maio, além da delação premiada de Edmar Santos, antigo secretário de Saúde.

Segundo sustentado pela Procuradoria Geral da República (PGR), o governo do Rio estabeleceu um esquema de propina para contratação emergencial e liberação de pagamentos a organizações sociais (OSs) que prestam serviços ao governo, em especial, em áreas de saúde e educação.

Ainda segundo a PGR, o governador utilizou o escritório de advocacia da mulher, Helena, para receber dinheiro desviado através de quatro contratos simulados em aproximadamente R$ 500 mil, aproximadamente R$ 15 mil por mês de cada uma das quatro.