STJ determina que prisão domiciliar de Crivella terá tornozeleira, telefone cortado e vistorias
Presidente do STJ avaliou a idade de Crivella, que foi enquadrado no grupo de risco de contaminação da covid-19
Foto: Reprodução / Agência Brasil
Foi determinado pelo STJ como condição para a prisão domiciliar do prefeito do Rio de Janeiro afastado, Marcelo Crivella (Republicanos), concedida na noite da última terça-feira (22), que até mesmo as linhas de telefone fixo da residência, no luxuoso condomínio ‘Península’, na Barra da Tijuca, terão de ser cortadas.
O prefeito afastado terá ainda que entregar celulares e tablets para a Justiça e deverá manter contato estritamente com familiares, advogados e profissionais da saúde credenciados para cuidar dele. Além da tornozeleira eletrônica, que pode ser instalada ainda no presídio de Benfica ou até sete dias depois de deixar a prisão, as portas da casa de Crivella deverão estar abertas para as autoridades policiais “sempre que necessário”.
Segundo o STJ, ele não pode sair de casa sem autorização e terá uma vistoria policial em sua casa pra garantir que nada possa facilitar o contato dele com outras pessoas, como por exemplo, um dos outros oito denunciados no processo.
O presidente do STJ, ministro Humberto Martins, para autorizar a prisão domiciliar, avaliou que “as circunstâncias apresentadas não são suficientes para demonstrar a periculosidade do paciente, de modo a justificar” a prisão em regime fechado.
Entre os argumentos, o ministro ainda aponta que o prefeito afastado “tem mais de 60 anos de idade, estando, pois, enquadrado dentre os do grupo de risco de contaminação da Covid-19”.