Suicídio cresce 3,7% no Brasil em 11 anos, revela estudo
Resultados mostram que os índices são mais elevados entre os indígenas
Foto: Agência Brasil
Um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard, em colaboração com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelou que o Brasil registrou mais de 147 mil casos de suicídio entre 2011 e 2022, representando um aumento de 3,7% ao longo desse período.
Os números são expressivos: foram registradas 147.698 ocorrências de suicídio, acompanhadas por um aumento de 21,13% nas automutilações, totalizando 104.458 casos.
Publicado no periódico The Lancet em 15 de fevereiro, o estudo define a automutilação como um comportamento no qual os indivíduos buscam aliviar o sofrimento psicológico por meio de ferimentos físicos. Com o tempo, essa prática pode evoluir para tentativas de suicídio.
Indígenas
Os resultados revelam que os índices de suicídio são mais elevados entre os indígenas. Essa população lidera tanto os índices de suicídio quanto de autolesões, apesar de registrar menos hospitalizações. Essa disparidade aponta para uma lacuna na assistência e suporte em saúde mental.
Aumento entre jovens
As notificações de automutilação e as hospitalizações foram mais frequentes entre os jovens, na faixa etária de 10 a 24 anos, enquanto as taxas de suicídio foram mais altas entre os idosos e adultos. No entanto, é preocupante observar que as taxas de suicídio entre os jovens estão aumentando, refletindo as tendências globais.