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Suicídio entre indígenas cresce entre pessoas de 10 a 24 anos, aponta estudo

Levantamento foi realizado com informações do banco de dados oficial de mortalidade do Ministério da Saúde

Por Da Redação
Ás

Suicídio entre indígenas cresce entre pessoas de 10 a 24 anos, aponta estudo

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

As taxas de suicídio durante o período de 2000 e 2020 entre indígenas e não indígenas no país é desproporcional entre pessoas de 10 a 24 anos. Os dados são da pesquisa realizada pela Fiocruz e a Universidade de Harvard apontam ainda que as regiões Norte e Centro-oeste foram as que apresentaram maior risco, principalmente estados como Amazonas e Mato Grosso do Sul.
O artigo intitulado Suicídio entre povos indígenas no Brasil de 2000 a 2020: um estudo descritivo (Suicide among Indigenous peoples in Brazil from 2000 to 2020: a descriptive study, no original em inglês),  foi publicado na revista The Lancet Regional Health - Americas. 

O levantamento foi realizado com informações do banco de dados oficial de mortalidade do Ministério da Saúde.

"De forma geral, as taxas de suicídio em indígenas foram maiores em homens e indivíduos de 10-24 anos. Em homens de regiões como a Centro-Oeste e Norte, essas taxas chegaram a alcançar 73,75 e 52,05 por 100 mil habitantes, em 2018 e 2017, respectivamente. Em indivíduos de 10-24 anos da região Norte, o grupo etário de maior risco para o suicídio indígena, essas taxas aumentaram substancialmente de 2013 em diante, contrariando o padrão de queda observado na região Centro-Oeste. Este é um diferencial importante, em comparação ao grupo de maior risco na população geral do Brasil, pois o grupo etário de indivíduos com 60 anos e mais, historicamente, é o que apresenta maior risco de suicídio", explica o coautor do estudo, o epidemiologista Jesem Orellana, chefe do Laboratório de Modelagem em Estatística, Geoprocessamento e Epidemiologia (Legepi) do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia).

O estudo também mostrou que, em nível nacional, tanto as taxas de suicídio da população indígena brasileira quanto as taxas da população não indígena apresentaram tendência de aumento de 2000 a 2020. 

"No entanto, esse padrão não pode ser generalizado, especialmente entre os indígenas, pois estados como o do Amazonas na região Norte e Mato Grosso do Sul na região Centro-Oeste, parecem ser os responsáveis pelas substanciais diferenças que se observa ao se comparar dados nacionais entre indígenas e não-indígenas", diz Orellana.
 

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