Superavit em 2020 é maior que o registrado em 2018 com US$ 51 bilhões
Brasil segue em queda nas exportações e importações
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Pelas transferências da Organização Mundial do Comércio (OMC), o intercâmbio global deve crescer 7,2% neste ano, após desabar 9,2% em 2020. E, no Brasil, esse avanço deve ser mais modesto pelas projeções da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, que estima alta de 5,5% na corrente de comércio.
Ainda segundo dados da Secex, após as quedas de 6,1% nas exportações, e de 9,7% nas importações, a balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 51 bilhões, o terceiro melhor da série histórica, iniciada em 1989 e o maior desde 2018.
Em 2020, a corrente de comércio do país somou US$ 368,8 bilhões, dado 8,4% inferior aos US$ 402,7 bilhões contabilizados em 2019. Para este ano, as projeções da Secex indicam crescimento de 5,3% nas exportações e de 5,8% nas importações, estatísticas em um superavit de US$ 53 bilhões.
Porém, apesar do saldo positivo, o Brasil tem registrado uma queda nas importações e exportações, segundo apontou o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. "O superavit foi uma mera consequência desse quadro que ainda mostra o comércio brasileiro cada vez mais dependente das exportações de commodities e pouco competitivo no mercado de produtos manufaturados e de maior valor agregado”, avaliou.
Ele ainda destacou que o país perdeu mercado junto a importantes parceiros comerciais, a exemplo dos Estados Unidos, Argentina e União Europeia. “Voltamos ao patamar de 2010, com quase US$ 210 bilhões embarcados, ou seja, não houve avanços nessa década”.