Suposto espião russo enfrenta extradição do Brasil para Rússia

Um suposto espião russo, identificado como Sergey Vladimirovich Cherkasov, está preso no Brasil por tentar se infiltrar no Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, na Holanda. Ele viveu nos Estados Unidos usando uma identidade falsa de brasileiro, sob o nome de Victor Muller, e fez pós-graduação na Universidade Johns Hopkins.

As autoridades holandesas o identificaram como um oficial russo de informação militar e o enviaram para o Brasil, onde foi preso com um passaporte falso. O Brasil decidiu extraditá-lo de volta para a Rússia, mas a extradição só ocorrerá após a conclusão de um inquérito sobre ele no país.

Cherkasov é acusado de espionagem relacionada a investigações de crimes de guerra cometidos pela Rússia, o que pode levá-lo a ser extraditado também para os Estados Unidos, em possíveis trocas com o governo russo.

Ele usava o nome de Victor Muller e se apresentava como brasileiro durante o período em que estudava na Universidade Johns Hopkins. O FBI já investigava suas atividades e as autoridades holandesas foram alertadas sobre sua verdadeira identidade.

Em julho deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido de liberdade feito pela defesa do suposto espião, ressaltando que a análise aprofundada do caso deve ser feita no julgamento definitivo do habeas corpus.

O caso ganhou destaque após o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciar que o Brasil decidiu extraditar Cherkasov para a Rússia, país que supostamente o contratou para cometer os crimes dos quais é acusado.