Suprema Corte dos EUA rejeita decisão de tribunal inferior e permite execução de condenados com Covid-19
As duas últimas mortes deveriam ser adiadas para permitir que os condenados se recuperassem da doença
Foto: Departamento de Correções da Pensilvânia
Na noite desta quinta-feira (14), a Suprema Corte dos EUA rejeitou a decisão de um tribunal inferior que determinava que as duas últimas execuções federais programadas para o governo Donald Trump fossem adiadas para permitir que os condenados se recuperassem da Covid-19.
Corey Johnson, um dos assassino condenado, será amarrado a uma maca na câmara de execução do Departamento de Justiça dos EUA em Terre Haute, Indiana, para receber uma injeção de doses letais de pentobarbital.
Já Dustin Higgs, condenado por outro assassinato, teve a execução programada pelo Departamento de Justiça para a noite desta sexta-feira (15).
Os advogados de Dustin e Corey estão contestando as execuções com base em outros fundamentos legais além de seu diagnóstico de Covid-19, mas a Suprema Corte permitiu até agora que todas as execuções continuassem desde que Trump retomou a prática no ano passado, após um hiato de 17 anos.
Na última terça-feira (12), a juíza Tanya Chutkan do Tribunal Distrital dos EUA ordenou que as execuções fossem adiadas até pelo menos 16 de março para permitir que os condenados se curassem, apoiando médicos especialistas que disseram que seus pulmões danificados pelo coronavírus resultariam em sofrimento excessivo se recebessem injeções letais. Isso violaria a
Oitava Emenda da Constituição dos Estados Unidos que proíbe punições "cruéis e incomuns".