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Suspeito de planejar invasão em Valéria que causou a morte de agente federal morre em confronto policial

Jailson Almeida dos Santos, conhecido como "Seco", foi morto na sexta-feira

Por Da Redação
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Suspeito de planejar invasão em Valéria que causou a morte de agente federal morre em confronto policial

Foto: Divulgação/SSP-BA

O homem apontado como mentor da invasão ao bairro de Valéria, em setembro de 2023, Jailson Almeida dos Santos, conhecido como "Seco", foi morto durante confronto com a Polícia Civil, na sexta-feira (1°), na cidade de Dias D'Ávila, região metropolitana de Salvador. Na invasão ao bairro no ano passado, o agente federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida morreu na operação

Segundo informações da Polícia Civil, "Seco" liderava uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas e homicídios no subúrbio de Salvador, mais especificamente no bairro de Periperi. Ainda conforme a Polícia, o confronto aconteceu quando ele, em um carro, trocou tiros com equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) durante uma abordagem.

Dentre os pertences apreendidos estava um revólver calibre 38 municiado, com numeração suprimida, e um documento de RG com indícios de falsidade ideológica. Almeida era alvo de três mandados de prisão por homicídios e tráfico de drogas, sendo identificado como um dos principais articuladores do grupo responsável pela tentativa de invasão a Valéria.

Almeida era reconhecido como um dos principais fornecedores de drogas e armas para a região do subúrbio de Salvador, acumulando acusações que incluem homicídios, tráfico de drogas, organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e corrupção ativa.

A operação policial, denominada "Operação Temporal," teve origem em setembro de 2023, com o objetivo de desarticular o grupo responsável pela invasão a Valéria. Até outubro daquele ano, 16 suspeitos já haviam sido mortos em confrontos com as forças policiais. As investigações revelaram que a ordem para a invasão partiu de uma liderança da facção, já detida há mais de um ano, envolvendo mais de 50 criminosos fortemente armados no ataque aos policiais.

A Polícia Federal informou que os investigados responderão por homicídio qualificado e organização criminosa, com penas que podem totalizar até 38 anos de reclusão. A instituição pede a colaboração da população, incentivando informações através do número (71) 3319-6000 para ajudar a identificar e localizar todos os suspeitos envolvidos na morte do agente federal.

O desfecho trágico desta história teve seu início no bairro de Valéria, cujo nome tem origem no desmatamento de três fazendas, pertencentes às famílias Schindller, Temporal e Omaque. O primeiro loteamento oficial foi o do Temporal, dando origem ao bairro que se tornou palco de uma das operações policiais mais intensas e trágicas dos últimos tempos.

Cronologia das mortes em confrontos:

Os dois primeiros suspeitos foram mortos no confronto em que o policial Lucas Caribé foi baleado, no dia 15 de setembro.
No mesmo dia, outros dois homens apontados como suspeitos morreram após troca de tiros com policiais, entre os bairros de Valéria e Rio Sena.

A morte do quinto suspeito aconteceu no bairro de Mirantes de Periperi, no dia seguinte à operação.
No dia 17 de setembro, quatro suspeitos morreram em confrontos com as forças de segurança. As trocas de tiros aconteceram em Periperi e na Palestina.

No dia 21, cinco homens também apontados como suspeitos de participar do confronto morreram após uma troca de tiros, na cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

No dia 27, um suspeito foi morto em confronto com policiais em Cruz das Almas, cidade do recôncavo baiano. Na oportunidade, um outro homem também não resistiu aos ferimentos, mas ele não foi apontado como integrante do grupo.

No dia 2 de outubro, o outro suspeito de envolvimento na morte do policial federal foi morto durante confronto com a polícia na cidade de Catu, a 70 km da capital baiana.

Em 29 de novembro, os dois últimos suspeitos morreram durante uma operação realizada por policiais federais, militares e civis contra membros da facção criminosa "Bonde do Maluco", conhecida como "BDM".

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