Tarcísio diz que 'qualquer candidato' de centro-direita dará indulto a Bolsonaro
O governador paulista é um dos nomes da direita cotados a uma candidatura ao Palácio do Planalto em 2026

Foto: Alan Santos/PR
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu o indulto a Jair Bolsonaro (PL) como "fator de pacificação" para o Brasil e disse que "qualquer candidato" da centro-direita concederá o perdão ao ex-presidente no caso de condenação no STF (Supremo Tribunal Federal) pela acusação de liderar a trama golpista de 2022.
Tarcísio, contudo, disse que seu padrinho político é inocente, que conseguirá provar sua inocência e que o indulto não será necessário.
Nesta quinta-feira (10), Tarcísio falou sobre as tarifas impostas ao Brasil pelo governo Donald Trump e foi questionado sobre o indulto a Bolsonaro o processo contra o ex-presidente foi uma das razões que motivaram a retaliação do presidente dos Estados Unidos ao Brasil.
O governador, que há dias vinha evitando jornalistas, foi questionado sobre o indulto a Bolsonaro e a posição do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que disse que o candidato à Presidência bolsonarista deveria garantir a medida mesmo que fosse necessário "uso da força".
"Eu acredito que ele [Bolsonaro] é inocente e vai conseguir provar a inocência dele ao longo do processo. Então, a primeira coisa que eu entendo é que o presidente é inocente e vai ser inocentado e aí não vai ser necessário o indulto", disse Tarcísio.
"Se for necessário, eu tenho certeza de que qualquer candidato que nós temos nesse bloco de centro-direita vai dar um indulto, e esse indulto vai ser negociado. Porque o que é importante agora é que isso vai ser visto como um fator de pacificação. Deixar essa agenda de lado, porque temos uma agenda importante", continuou.
O governador paulista é um dos nomes da direita cotados a uma candidatura ao Palácio do Planalto em 2026 no lugar de Bolsonaro, que está inelegível até 2030.
Na sequência, Tarcísio elencou temas que, segundo ele, compõem a agenda que ele mencionou , como reforma política, longevidade, financiamento do SUS e "medidas fiscais que vão nos fazer avançar".
"Então, eu tenho certeza de que é pacífico que a gente precisa encerrar esse assunto para poder dar um salto com um país pacificado", afirmou.
Diante da insistência dos jornalistas sobre como agir com o STF, Tarcísio disse: "Essas coisas se resolvem na base do diálogo, mas eu acredito na inocência do presidente."