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Tarcísio promete punições severas para autores de morte de rival do PCC

Empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado na última sexta (8)

Por Da Redação
Ás

Tarcísio promete punições severas para autores de morte de rival do PCC

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Tarcísio Freitas, governador de São Paulo, fez uma postagem no X, com uma declaração sobre o tiroteio ocorrido na tarde de sexta (8), no terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, em que quatro pessoas ficaram feridas.

O empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach era o alvo do ataque, e morreu no local. Segundo o governador, as evidências indicam que a ação criminosa está associada ao crime organizado. “Todas as circunstâncias serão rigorosamente investigadas e todos os responsáveis serão severamente punidos. Reforço meu compromisso de seguir combatendo o crime organizado em São Paulo com firmeza e coragem”, reforçou.

O ataque ao empresário

Gritzbach já fez delações anteriormente em investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e era ameaçado pela facção criminosa. O empresário voltava de Goiás com a namorada. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dela. A vítima já tinha sido acusada de ter mandado assassinar um líder da organização criminosa, o que ele negava. De acordo com a perícia, foram pelo menos 27 disparos, realizados pelos criminosos. Gritzbach foi baleado em várias partes do corpo, como cabeça, tórax e nos braços. O atentado ocorreu por volta das 16 horas.

As outras três pessoas atingidas foram dois motoristas de aplicativo e uma passageira que desembarcava no local. Até o início da noite do crime, foi informado que o quadro deles estava estável. Pelo menos uma das vítimas estava dentro do aeroporto. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), uma das vítimas foi atendida e deu depoimento no local, enquanto as outras duas foram enviadas ao Hospital Geral de Guarulhos.

O empresário

Gritzbach era um corretor de imóveis da construtora Porte Engenharia quando conheceu o grupo de traficantes de drogas de Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta. Quando foi acusado de ter mandado matar Cara Preta, em 2021, que teria motivado a primeira sentença de morte contra ele, decretada pela facção. Após sequestrá-lo, os bandidos, entretanto, decidiram soltá-lo. A polícia acredita que o motivo era o fato de que só Gritzbach sabia as chaves para o resgate das criptomoedas, logo, matá-lo, seria perder o dinheiro para sempre.

Em setembro do ano passado, Gritzbach fez um acordo de delação com os promotores do Grupo de Atuação Especial e Combate (Gaeco), que aceitou a proposta. O acordo foi homologado pela Justiça em abril de 2024. Na delação, discutiu sobre envolvimento do PCC, a maior organização criminosa do País, com o futebol e o mercado imobiliário. O empresário chegou a dar informações sobre as execuções de líderes da facção, como Cara Preta e Django. Em nota, a Porte diz que foi informada pela imprensa sobre a morte de Gritzbach, “com quem não mantém negócios há anos”. E afirma que ele foi “corretor de imóveis na empresa apenas entre 2014 e 2018”.

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