Taxa anual de inflação dos alimentos atinge menor patamar dos últimos seis anos
Em média, alimentos subiram 1,95% de janeiro a dezembro de 2023, abaixo dos 15% de 2022
Foto: EBC/Arquivo
A forte alta no preço dos alimentos, provocada principalmente pela pandemia de COVID-19 e pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, perdeu força no ano passado. Segundo dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 2023 teve a menor taxa anual de inflação dos alimentos dos últimos seis anos.
Em média, os alimentos subiram 1,95% de janeiro a dezembro de 2023, abaixo dos 15% de 2022. Do início de 2019 ao final de 2022, a alimentação ficou 57% mais cara. O estudo, que levou em consideração os preços praticados na cidade de São Paulo, aponta uma tendência de queda nos principais alimentos.
A queda ocorre, principalmente, por causa da acomodação dos preços no mercado internacional, tendência refletida também no mercado interno. Durante a pandemia, diversos países procuraram estocar alimentos, provocando o encarecimento dos transportes, consequentemente também impactando os preços dos itens dos supermercados.
Logo depois, a invasão da Rússia à Ucrânia acelerou ainda mais as altas. Ambos os países interferem diretamente nos mercados de trigo, de milho e de óleos vegetais.
Principais quedas
Segundo a pesquisa, o óleo de soja representa uma das quedas mais expressivas. De 2019 a 2022, os consumidores pagaram 164% a mais pelo produto. Já em 2023, o aumento de produção de soja e a reposição de parte dos estoques mundiais provocaram uma queda de 28% nos preços desses produtos nos supermercados nacionais.
Outra queda de preços é a do leite. A retração foi provocada por uma maior oferta interna em determinados períodos do ano e por um aumento das importações. Além disso, as carnes também ficaram mais acessíveis, aponta a Fipe.