Taxa de analfabetismo no Brasil atinge o menor índice já registrado, aponta pesquisa do IBGE
Apesar da redução, país ainda conta com 9,3 milhões de pessoas sem habilidades de leitura e escrita
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Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22), pela PNAD Contínua do IBGE, a taxa de analfabetismo no Brasil diminuiu 0,3 pontos percentuais entre 2022 e 2023, atingindo o patamar de 5,4%, o menor índice já registrado. Apesar dessa queda, o país ainda conta com 9,3 milhões de pessoas que não possuem habilidades de leitura e escrita.
A pesquisa revela que a região Nordeste concentra a maior parte dos analfabetos do país, totalizando 5,1 milhões de pessoas nessa condição. Em seguida, vem a região Sudeste, com 2,1 milhões de analfabetos.
A relação entre idade e analfabetismo é evidente, conforme aponta o levantamento. Quanto mais avançada a idade do grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. Em 2023, por exemplo, havia 5,2 milhões de analfabetos com 60 anos ou mais, representando uma taxa de analfabetismo de 15,4% para esse grupo etário.
A inclusão progressiva de grupos etários mais jovens demonstrou uma queda na taxa de analfabetismo, conforme os seguintes números: 15 anos ou mais: 5,4%; 25 anos ou mais: 6,5%; 40 anos ou mais: 9,4%; e 60 anos ou mais: 15,4%.
Em relação ao gênero, o estudo revela que mulheres e homens com 15 anos ou mais apresentam taxas de analfabetismo semelhantes, com índices de 5,2% e 5,7%, respectivamente.
As desigualdades regionais também se refletem na taxa de analfabetismo, com as regiões Nordeste e Norte apresentando os índices mais elevados entre as pessoas com 15 anos ou mais, de 11,2% e 6,4%, respectivamente. Enquanto isso, o Centro-Oeste registra uma taxa de 3,7%, o Sudeste de 2,9% e o Sul de 2,8%.