Taxa de desemprego na Bahia fica em 13,4% e é a segunda mais alta do Brasil, aponta IBGE
Número de pessoas trabalhando no estado passou de 5,893 milhões para 6,032 milhões
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A taxa de desemprego na Bahia ficou em 13,4% no segundo trimestre de 2023, abaixo da registrada no primeiro semestre (14,4%) e a menor para um segundo trimestre em oito anos, desde 2015, quando tinha sido de 12,8%. Mas, com o recuo, deixou de ser o indicador mais elevado do Brasil e ficou em segundo lugar, depois de ter mantido a liderança entre os estados durante todo o ano de 2022 e o primeiro trimestre de 2023. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral e foi divulgada nesta terça-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ainda assim, a taxa de desocupação na Bahia segue bem acima da nacional (8,0% no segundo trimestre) e equivale a quase seis vezes a menor, registrada em Rondônia (2,4%). O município de Salvador registrou, no segundo trimestre deste ano, uma taxa de desocupação maior do que a do estado como um todo (16,0%), mas que também caiu frente ao trimestre anterior (quando havia sido de 16,7%). Foi a menor taxa para um segundo trimestre, na cidade, desde 2015, quando o indicador tinha ficado em 14,2%.
Com isso, Salvador deixou de ter a maior taxa desocupação entre as capitais brasileiras, depois de quatro trimestres consecutivos nessa liderança, ficando em segundo lugar, superada por Recife (16,3%). Na Região Metropolitana (RMS), por sua vez, a taxa de desocupação se manteve maior do que na Bahia e na capital: 16,6% no segundo trimestre de 2023. Mostrou discreta tendência de baixa frente ao trimestre anterior (quando havia sido de 16,9%) e foi a menor para um 2º trimestre em nove anos, desde 2014, quando havia ficado em 14,7%. Sustentou-se, porém, como a segunda maior entre as regiões metropolitanas pesquisadas em todo o Brasil, só abaixo da RM Recife (16,9%).
Redução da taxa
A redução da taxa de desocupação na Bahia, entre o 1º e o 2º trimestres de 2023 se deu principalmente por um crescimento do número de pessoas trabalhando (ou população ocupada) no estado, que passou de 5,893 milhões para 6,032 milhões no período (+2,4% ou mais 139 mil trabalhadores de um trimestre para o outro). O avanço da ocupação ajudou a reduzir em 6,2% o número de pessoas desocupadas (que não estavam trabalhando, procuraram trabalho e poderiam ter assumido caso tivessem encontrado), de 994 mil para 932 mil, ou menos 62 mil, entre o 1º e o 2º trimestres.
Essa é a menor população desocupada para a Bahia, num 2º trimestre, em oito anos, desse 2015, quando havia 927 mil pessoas procurando trabalho no estado.
No segundo trimestre, em Salvador, havia 1,348 milhão de pessoas trabalhando, 15 mil a mais do que o 1,333 milhão do trimestre anterior. Por outro lado, 257 mil pessoas estavam desocupadas, 10 mil a menos do que as 267 mil do trimestre anterior.
Já em toda a região metropolitana da capital, 1,788 milhão de pessoas trabalhavam no segundo trimestre, 26 mil a menos do que no 1º (quando havia 1,814 milhão de ocupados). Por sua vez, 356 mil pessoas estavam procurando trabalho, 12 mil a menos do que no trimestre anterior.