Taxa de desocupação na Bahia cai para 15,5% no segundo semestre de 2022
Indicador baiano segue acima do nacional, de 9,3%, aponta novo levantamento do IBGE
Foto: Agência Brasil
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) Trimestral, do IBGE, no 2º trimestre de 2022, a taxa de desocupação na Bahia foi de 15,5%. Teve uma queda estatisticamente significativa em relação à do 1º trimestre (que havia sido de 17,6%) e foi a menor para um 2º trimestre em sete anos, desde 2015, quando havia ficado em 12,8%.
Ainda assim, o estado se manteve, pelo segundo trimestre consecutivo, com a maior taxa de desocupação do país. O indicador baiano seguiu bem acima do nacional (9,3%) e equivalia a quase quatro vezes o verificado em Santa Catarina, que tem a menor taxa de desocupação do Brasil (3,9%).
A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas (não trabalharam, procuraram trabalho e poderiam assumir se tivessem encontrado) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).
A queda foi resultado da combinação de mais pessoas trabalhando e menos pessoas procurando trabalho, tanto frente ao 1º trimestre deste ano quanto na comparação com o 2º trimestre de 2021.
A pesquisa anda informou que, de abril a junho, a população ocupada (número de pessoas trabalhando no estado, fosse em ocupações formais ou informais) ficou em 6,037 milhões de pessoas e foi a maior para um 2º trimestre desde 2015 (quando havia atingido 6,301 milhões de pessoas).
Frente ao 1º trimestre de 2022, o total de trabalhadores na Bahia cresceu 3,0% (mais 173 mil pessoas ocupadas). Na comparação com o 2º trimestre de 2021, o aumento foi ainda mais expressivo: 10,9%, o que representou mais 594 mil pessoas ocupadas no estado, em um ano.
Já a população desocupada (quem não estava trabalhando, procurou trabalho e poderia ter assumido caso tivesse encontrado) ficou em 1,104 milhão no 2º trimestre de 2022, também a menor para o período desde 2015 (quando era de 927 mil pessoas).
Esse grupo diminuiu tanto frente ao 1º trimestre deste ano (-11,7% ou menos 146 mil desocupados) quanto na comparação com o 2º trimestre de 2021 (-19,6% ou menos 270 mil pessoas desocupadas em um ano).
Entre o 1º e o 2º trimestres de 2022, o número de pessoas fora da força de trabalho (que por algum motivo não estavam trabalhando nem procuraram trabalho), na Bahia, se manteve estatisticamente estável, mostrando leve tendência de queda (-0,8%) e chegando a 4,884 milhões.
Dentre estas, o grupo das desalentadas seguiu encolhendo tanto frente 1º trimestre (-5,7% ou menos 37 mil pessoas nessa condição) quanto na comparação com o 2º trimestre do ano passado (-15,2% ou menos 110 mil pessoas), chegando a um total de 612 mil desalentados, no estado.
A Bahia mantém o maior número absoluto de desalentados do país o longo de toda a série da PNAD Continua, iniciada em 2012. No 2º trimestre de 2022, no Brasil, havia 4,265 milhões de desalentados, número que caiu tanto frente ao 1º trimestre (-7,1% ou menos 328 mil pessoas) quanto frente ao 2º trimestre de 2021 (-22,5% ou menos
1,239 milhão de pessoas).