Taxa de inadimplência indica recuo pela primeira vez após 25 meses, aponta pesquisa
Tendência foi observada após queda de dívidas com mais de 90 dias em atraso a partir de setembro
Foto: Marcos Santos/USP
A taxa de inadimplência entre pessoas físicas deve começar um movimento de queda a partir de setembro, após manter uma sequência de 25 meses, de acordo com um estudo realizado em parceria pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e pela FIA Business School.
A análise foi aplicada aos "recursos livres" existentes no Sistema Financeiro Nacional. Segundo a pesquisa, eles são considerados mais críticos porque excluem as dívidas com menor risco de atraso, como é o caso do crédito consignado. E
Os "recursos livre" representavam R$ 97 bilhões, em julho, conforme dados o Ibevar-FIA. A pesquisa considera inadimplentes dívidas com ao menos um pagamento em atraso por mais de 90 dias.
O estudo calcula a inadimplência para um intervalo com limite inferior, média e limite superior. Ele indica que, em setembro, o limite inferior ficará em 5,91% do total de recursos livres. A projeção é que esse número caia para 5,76%, em outubro, e alcance 5,85%, em novembro, quando voltará a subir, mas permanecerá abaixo do patamar atual.
De acordo com o presidente da Ibevar, Claudio Felisoni, a inadimplência explodiu por causa da pandemia, mas agora, a tendência de queda é puxada pela reversão desse quadro. Além isso, também contribuem a diminuição dos juros básicos, a Selic, e a implementação do programa Desenrola Brasil, que atingiu o volume de R$ 10 bilhões ao renegociar dívidas.