Economia

Taxas de investimentos baixas indicam sinal de alerta para a economia do Brasil

Cenário atingiu o nível mais baixo desde 2019, registrando 16,5% do PIB

Por Da Redação
Ás

Taxas de investimentos baixas indicam sinal de alerta para a economia do Brasil

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Brasil observa um crescimento de 2,9% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 impulsionado pelo agronegócio, porém, enfrenta um cenário que acende sinal de alerta com a taxa de investimento, atingindo o nível mais baixo desde 2019, registrando 16,5% do PIB. As informações são da revista Veja.  

O baixo nível de poupança, a alta taxa básica de juros e a participação predominante do Estado na injeção de recursos na economia são contribuições para os desafios enfrentados no aumento dos investimentos de qualidade, principalmente aqueles do setor privado. 

“Enquanto não melhorarmos todas essas frentes, seguiremos com uma taxa de investimento muito pequena”, diz Felipe Salto, economista-chefe da corretora Warren Investimentos e ex-secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo. 

O estoque de capital no Brasil está além do necessário, correspondendo a 35,5% do PIB em 2024, enquanto o ideal seria pelo menos 60%. Reformas recentes, como as trabalhista, previdenciária e tributária, indicam melhorias no ambiente de negócios, mas os efeitos adversos da pandemia e fatores como a alta inflação e a elevação da taxa básica de juros impactaram negativamente os investimentos em 2023. 

Apesar dos desafios, há expectativa de aumento nos investimentos nos próximos anos, impulsionados pelas reformas implementadas. Projeções indicam um crescimento de aproximadamente 2% na taxa de investimento em 2024, com expectativa de maior impulso a partir de 2025, alcançando 20% do PIB até 2032, segundo a Tendências Consultoria. No entanto, ainda distante das necessidades brasileiras.

O governo busca incentivar investimentos por meio de medidas como o programa de depreciação “superacelerada” para renovar o parque fabril, a criação da letra de crédito de desenvolvimento (LCD) para facilitar o acesso a financiamentos do BNDES e o programa Mover, oferecendo R$ 19 bilhões em incentivos fiscais ao setor automotivo até 2028.

Na última semana, a japonesa Toyota e a ítalo-franco-americana Stellantis anunciaram novos ciclos de investimentos no país, se juntando à sul-coreana Hyundai, à alemã Volkswagen, à americana GM e à chinesa BYD, que também prometem aportes bilionários. A expectativa é de que o setor invista 100 bilhões de reais por aqui até 2032. 

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