TCU vai analisar condenação de Bolsonaro e pode estender inelegibilidade para além de 2030
Decisão do TSE tornou o ex-presidente inelegível por oito anos
Foto: Reprodução/PR
Nós próximos meses, o Tribunal de Contas da União (TCU) deve analisar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. Em último caso, a condenação do ex-presidente pode ser estendido para além de 2030.
Ao tornar Bolsonaro inelegível por oito anos na semana passada, o TSE determinou o envio da decisão ao TCU, à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que fossem avaliadas o prejuízo aos cofres públicos e as consequências no âmbito criminal da reunião que o ex-presidente promoveu com embaixadores.
Ao chegar no TCU, os ministros deverão analisar a auditoria feita pelos técnicos do tribunal e o entendimento do relator do caso. Depois, devem ser avaliados os gastos para a realização da reunião de Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho do ano passado, para a locação do prédio da residência oficial da Presidência da República, hora de trabalho dos servidores presentes naquele dia e demais custos que possam ser levantados.
Se a representação for aceita pelo plenário, abre-se uma tomada de contas especial para obter o ressarcimento aos cofres públicos da despesa irregular. A grande discussão entre os ministros no plenário vai girar em torno do valor gasto pelo ex-presidente naquela reunião com diplomatas.