TCU vai apurar irregularidades em contratos do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro
Ex-ministro Pazuello foi questionado em CPI sobre supostas irregularidades
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu um processo para investigar as irregularidades em contratos feitos pela superintendência do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro.
O pedido foi baseado em uma reportagem do Jornal Nacional na última terça-feira (18), onde revelou a assinatura de dois contratos, sem licitação, da superintendência no RJ. Em dois dias, o chefe do órgão, George Divério autorizou duas contratações que somavam quase R$ 30 milhões.
Teriam sido quase R$ 9 milhões em reformas de galpões usados como depósitos de papéis. Outros R$ 18,9 milhões para reformar o prédio do ministério, no Centro do Rio.
A justificativa do ministério era sobre a extrema necessidade da volta ao trabalho depois de sete meses sem atendimento ao público.
Pazuello foi questionado sobre contratos
Convocado para depor como testemunha na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a pandemia de Covid-19, realizado no Senado, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi questionado sobre os contratos suspeitos assinados durante a gestão dele.
Em resposta, ele afirmou ter visto o caso pelo Jornal Nacional, e afirmou que a informação que teve foi de que as causas da emergência para firmar os contratos não foram a pandemia.
"Foram outro tipo de causa. Eram causas de risco à integridade das pessoas que estavam trabalhando nas duas instalações. E dois, não houve emprego de recurso algum porque os processos foram cancelados", afirmou o ex-ministro.
"Foi verificado pela nossa própria integridade que a formalidade não estava correta e ela foi cancelada antes de acontecer. Pelo que eu soube até agora, esses são os fatos, o resto já são ilações do problema. Não houve nenhum centavo colocado de nada", acrescentou.