Vídeo: PMs, ex-policial e outros dois homens são investigados por envolvimento em assaltos a bocas de fumo no RJ
Uma câmera de segurança flagrou uma das ações do grupo, no dia 13 de setembro do ano passado
Foto: Reprodução/Extra
Cinco policiais, um ex-policial e outros dois homens são investigados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM/RJ) por supostamente integrarem uma organização criminosa que realiza assaltos a pontos do tráfico do estado. Uma câmera de segurança flagrou uma das ações do grupo.
Nas imagens é possível ver o momento em que dois homens armados chegam até uma boca de fumo no dia 13 de setembro do ano passado, no bairro carioca de Buraco Quente, rendem dois traficantes no local e roubam drogas, armas e dinheiro. De acordo com a Corregedoria Geral da PM, os dois assaltantes foram identificados como o cabo Patrick Polycarpo Sodré, e o sargento Davi da Silva Palhares, ambos integrantes da PM.
A suspeita contra o grupo consta em um relatório produzido pela Corregedoria Geral da PM do RJ em 22 de outubro de 2024. O documento foi construído através de informações coletadas pelo Disque Denúncia (2253-1177) sobre um grupo que pratica assaltos em São Gonçalo e Itaboraí.
O documento da PM não detalhou a suposta participação de cada um dos envolvidos no roubo, mas citou seis assaltos a bocas de fumo que teve participação de Polycarpo e Palhares.
Em diversas ocasiões, os policiais foram baleados durante os assaltos e socorreram uns aos outros. No momento de justificar os ferimentos, eles costumavam distorcer os fatos e dizer que foram vítimas de tentativa de rouba. Palhares foi candidato a vereador em Itaboraí, e utilizou a posição política para justificar os ferimentos e informou através de um vídeo no Instagram que já tentaram assassiná-lo duas vezes desde o inicio da "caminhada política".
O relatório da Corregedoria da PM informou que, o grupo, composto por três sargentos, dois cabos, um ex-cabo e dois moradores da região, se autodenomina Fantasmas e utiliza o armamento do Estado para atacar bocas de fumo, e roubar dinheiro, drogas e armas. O documento ainda aponta que, os policiais negociam os materiais com criminosos.
O "modus operandi" da ação filmada no Buraco Quente teria se repetido em pelo menos outros cinco casos. A Secretaria de Polícia Militar informou que os procedimentos conduzidos pela corregedoria "transcorrem de maneira técnica e minuciosa, e que demais dados não são expostos para evitar que as apurações sejam prejudicadas”.